terça-feira, 16 de junho de 2009

O faroeste da Amazônia

Que a Amazônia é linda, a maior selva tropical do mundo e um tesouro de biodiversidade e cultura isto todos sabemos. Não é preciso pensar muito para lembrar um sabor da Amazônia seja por sua culinária: pato no tucupi, tacacá, caldeirada de peixe ou das frutas cupuaçu, pupunha, tucumã, bacaba, açaí, entre outras. Os povos tradicionais ribeirinhos, caboclos, índios. Tomar banho de rio ou ver o pôr do sol, as plantas, os animais. Tudo aqui é diferente e magnifico.
Mas até quando tudo isso pode durar? está e a pergunta que todos devemos fazer tamanha a destruição que está parte do mundo vem sofrendo. A área com maior biodiversidade do mundo também e a com maior número de conflitos do planeta e o que revelou a reportagem do jornal El País " O far west da Amazônia" entre os maiores problemas está a invasão de reservas indígenas o que acaba ocasionado o enfrentamento entre índios e fazendeiros.
O Greenpeace culpa diretamente os fazendeiros de gado como os culpados da grande devastação que a Amazônia vem sofrendo. Outro dado alarmante é de que segundo a Comissao Pastoral da Terra nos últimos 30 anos foram mortos de forma violenta na Amazônia por pistoleiros mais de 800 campesinos, sindicalistas e religiosos só no estado do Pará. Todos por defenderem a floresta e os seus povos. Um dos assassinatos que causou maior repercussão e indignação foi o da missionária Dorothy Stang, morta em 2005, em Anapu, Estado do Pará.
Outro problemas e o cultivo da soja, da cana de açúcar e da expansão da agropecuária. Modelo econômico adotado errôneamente na Amazônia, isto segundo a revista cinetifica Science de forma que as cidades que desmatam para instalar estas culturas são as mais pobres e toda riqueza gerada fica nas mãos de poucos e logo se esgota.
Se o ritmo de destruição prosseguir a Amazônia já tem data para morrer 50 anos de acordo com a revista Science. Pensar em um desenvolvimento capaz de suprir as necessidades atuais e as futuras e barrar com os conflitos por terra, são iniciativas que terão que ser adotadas para pensar na proteção da biodiversidade e das 20 milhões de pessoas que vivem na floresta com cor de esmeralda chamada Amazônia.


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