domingo, 26 de julho de 2009

As utopias do jornalismo

De acordo com o jornalista Juan Cruz o jornalismo como a saúde, como a vida se exerce buscando a excelência e a excelência segundo ele é uma utopia. Para reforçar sua idéia recorre ao escritor Luís Cebrián que publicou o livro Galáxia Gutemberg-circulos de Lectores. Neste livro Cebrián reúne uma lista de nove pontos elaborados há vários anos pelos jornalistas norte-americanos Bill Kovach y Tom Rosenstiel. São eles.

1. A primeira obrigação do jornalismo e com a verdade.
2. Sua primeira lealdade é fazer cidadãos
3. Sua essência e a disciplina da verificação
4. Seus profissionais devem ser independentes dos fatos e pessoas sobre que informa
5. Deve servir como um vigilante independente do poder
6. Deve outorgar tribuna às críticas públicas e ao compromisso
7. Há de esforçar-se em fazer do importante algo interessante e oportuno
8. Deve seguir as notícias de forma exaustiva e proporcionada
9. Seus profissionais devem ter direitos e seguir o que dita sua consciência

Considerando utopia a priori como idéia impraticável, fantasia, podemos concluir que estes ideais estão longes de serem atingidos por diferentes causas. Entre elas ainda está à censura. Na minha pesquisa “Entre a repressão e a resistência – memória dos jornalistas que trabalharam na imprensa de Porto Velho na década de 1970“ conclui que ainda hoje ainda está perdurando nas redações duas formas sutis de censura são elas a censura econômica que é a concessão ou retirada de publicidade oficial dos veículos, ou seja, nenhuma notícia que seja prejudicial ao patrocinador será veiculada.
O governo é um dos principais clientes desses veículos. Desta forma saí apenas notícias convenientes ao governo. A outra e a censura empresarial, ou também podemos chamar de “linha editorial” está por sua vez filtra os temas e os assuntos que são pertinentes à empresa, jornal. Assuntos de interesse público podem ficar de fora se não forem do interesse da empresa.
Outro fator que agrava mas a busca destes ideais e que também grande parte dos meios de comunicação estão nas mãos de grupos políticos que acabam cerceando a informação e por sua vez utilizando os veículos ao seu bel prazer. Se nunca chegaremos a atingir tais metas ao menos devemos chegar próximo e assim conseguir um jornalismo mais justo e ético, por mais enclaves que possa existir.

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